Se acaso eu perder-te, que mal faz-me imaginar ...
Mastiga-me todo esse pensamento árduo,
que põe em clausura meu vão sentimento
capaz de arranhar-me o coração como gume.
Uma fagulha fatal acabaria entalhando-me
o peito que gritaria até destruir-me .
Um arco de agudas lanças, findas esperanças ,
exilariam incessante o meu corpo aflito.
Gotas de sangue derramariam derivadas.
Muralhas de pedras sobre o meu caminho.
Um drama desenfreado , cruel martírio .
Amargas lágrimas em desespero por ti .
Arruinariam-me com voracidade de garras.
E eu simplesmente, não resistiria ...
Sobreviver fria e desenganada , me nego .
Se acaso eu perder-te , prefiro morrer .
ROSY FONSECA ( 1979)
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