Te conhecer foi como olhar o céu
em noite escura sem estrelas, nem lua.
Perdida, confusa, envolta em fino véu ,
onde a brisa do mar esvoaçava-me desnuda.
Olhar em teus olhos o azul mais profundo .
Correr com os meus à procura infinita .
Enxergar cegamente o que escondo do mundo,
e dentro dos teus encontrar-me finita .
Nem o cinza mais escuro das nuvens .
Nem as pedras das ruas audaciosas .
Nem os sons tangentes dos que ouvem .
Nem as visões distorcidas e assediosas .
Jamais eu concederia interromper o momento.
Jamais eu concederia retroceder os ensejos.
Tão pouco a chuva, a ventania, o tormento.
Tão pouco as horas , os instantes , os desejos .
Sim ... E o Nada
converteu-se em Tudo .
O Tudo derivou-se sem compaixão .
Nada mais se movimentava, estava mudo .
Nós éramos o Tudo, ânsia , volúpia, paixão .
Rosy Fonseca .... Nov/2013
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