domingo, 17 de novembro de 2013

Perda


Perdi a ti como quem perde o ar
malogrado de uma simples conveniência,
revertido à troca de tola imprudência
estirada as soltas a madrugar.
 

Perdi teu chão como quem chega a tombar
de canto a canto em pura dolência,
aos abstratos de nula fremência
que nem teus mistérios eu pude afagar.
 

Como se obrigada eu fosse no entanto,
errando meus certos erros que a espanto
de mim mesma , não pude entender-me.
 

Sofri por não suprir-te o alento.
Sofri por sofrer e só por isso eu lamento
que perdendo-te eu vim a perder-me .
 

Rosy Fonseca/ 1979

( todos os direitos reservados )
 

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