quinta-feira, 12 de abril de 2012

Sou





Vivo a vida e uma vida assim
meio sem graça, meio sem gesto,
quase de leve, de sombra, de canto.
Coisas que escondem-se,
coisas que perdem-se.
Vivo da vida seu pouco carmim.


Balanço de olhos, puro jasmim
é fragrância dos dias, doce condor.
Sou desse jeito, uma ave que voa
seus próprios delírios na esteira do vento,
seus próprios desejos na rua do tempo
que passa tão lento soando um clarim.


E só eu me calo, e só eu em mim
encontro a verdade em meu mundo que dói.
O tudo que sou, o tudo que posso.
O tudo que quero e mais o que peço.
Da minha história, da vida, da glória,
Sou meu vazio ,meu nada, meu fim. 

Rosy Fonseca/1998 (direitos autorais reservados)

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