É mais uma vez o partir...
Como se essa partida agonizante gritasse
o sufoco que um dia mórbido findasse
nas sombras de uma réstia de sol a sumir.
É uma outra vez o fugir...
do teu medo inseguro para que eu desabasse
o tudo e o quanto foi nosso e abafasse
esse absorto calor evidente no fingir.
Às pressas, para o tempo não soprar o vento
de um amor que em teu peito reluziria
a chama brilhante a te ornar em contento.
Mas pelo silêncio de cada hora permanente,
é que ouço meu desfeixo entocado a noite fria
a sussurrar tua mesma fuga novamente...
Rosy Fonseca/ 1979
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