Vejo-o tácito, vejo-o baixo.
Vejo-o estéril meu sol desolado,
desencantado em teus brilhos
e fenecido em teus raios.
És o vazio do meu nada,
meu desfalecer de aventura.
Carente, és oco inditoso
Que cerra-se dentro de mim.
Distanciado de tudo,
arrebatado só no desterro,
em fúnebre dor de clemência
cravada seca em meu dorso.
Sol, ó sol que te escassa?
Que te apaga que te mata?
Sou eu, meu rosto desfeito?
Meu chão em pautas cadentes?
Ó sol, que mal eu te fiz?
Qual dos horrores maiores cumpri?
Morres desintegrando o meu ser
Para na tua morte eu morrer.
Rosy Fonseca/ 1979
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