segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Verso


Estância deste meu ser
tão lerdo e meio disperso,
sem ao menos refalecer
... ele é verso.
 

Essência do meu discorrer,
pegadas de pouco universo,
poço de mágoa a se crer
dentro de um mar submerso 
 

Razão de meu simples tanger
de naufrágio, servo perverso,
quis-se de mim refazer
em um desconsolo inverso. 
 

Fuga crua deste meu ser
enaltecido de um verso,
que busca o cansaço sofrer
para chegar de regresso. 

Rosy Fonseca/ 1979

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