sexta-feira, 5 de julho de 2013

AMARRAS


Mundo apertado, indigno.
Injúrias do meu passado.
Sofreguidão insensata .
Lembranças atropeladas por dor.
 

Já não sei mais o que é dia .
Vem a noite e me alucina .
Meus olhos já não enxergam.
Não sei onde durmo, onde amanheço. 
 

Paraliso os meus movimentos
não querendo ; mas exigindo.
Amarro-me invisivelmente.
Atada me aquieto, permanente .
 

Persigo-me a cada segundo
e perco-me dentro de mim .
Alucinações ? Realidades ?
Procuro respostas dissipadas no ar.
 

Ouço sons que me entorpecem .
O tilintar agudo das dúvidas .
Quisera o dedilhar dos anjos
em harpas o meu sono embalar.
 

Não me vejo, não me ouço .
Estática, persevero inerte .
Vislumbro soltar as amarras,
invadir-me , percorrer-me ...
 

Insultar o meu peito que flama,
e assim tentar enfrentá-lo .
Com gritos o meu coração acordar.
A ambos ordená-los viver .
 

Viver a cada ínfimo instante.
De alegrias e prosas me alimentar.
Viver a todo íntimo instante .
De emoções e razões me abraçar .
 

Quero largar-me de mim ...
Quero livrar-me de mim ...
Quero descortinar outro “Eu”...
Encontrar. Permanecer. Ficar ...
 

ROSY FONSECA  / Julho – 2013

(todos os direitos reservados )
 
 

 

6 comentários:

  1. Lindas poesias poetisa Rosy, parabéns. Também sou poeta e tenho um BLOG com minhas poesias. Poemas no Sul.http://poesiasrh.blogspot.com.br/

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  2. Parabéns Rosy, sensacional. Beijos de carinho Vicente Telles

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  3. PARABENS...SEMPRE BOM VER TANTA COISA BOA E DE BOM GOSTO...

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  4. parabéns....como é bom se romantica,e poder ler coisas maravilhosas.

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