domingo, 1 de setembro de 2013

Ideal


O poente de azul celeste derrama ilusões.
As pupilas de negros perfis descobrem visões.
E as nódoas em forte luzir consomem o meu ser.
Um candelabro de lânguida luz ostenta o perdão.
Uma varanda de ameno florir consente a pureza.
E sua presença de tão oportuna se exalta ao meu ver. 

 

Já não seria inesperado,
não revelaria uma história,
mas confirmaria um amor.
Por tanto querer , suportei
as vezes que me neguei a crer
a encerrar enfim esta paixão.
À exatidão eu me dirijo agora,
pois a cada passagem, uma volta,
e a cada volta, você … 

 

Um  templo de ternas névoas isola temores.
Um fole de leve compasso sopra venturas.
E um sereno de eterna vigília plaina ao escurecer.
O céu em cinza tolhido me acode calado .
Minha mão em suave aceno oscila um agrado.
E o ideal em lúbricas purpurinas me entrega a você. 

 

Rosy Fonseca/ 1978

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