domingo, 4 de março de 2012

Amor Infinito

Este meu aspecto melodioso
de um prisma encantado
instituído pelo suor quente
começa a me envolver ofegante
toda vez que em teu peito
encosto meu rosto gentil

Demonstro, portanto, às pressas,
o amor que não cessa,
não descansa, nunca morre.
Vai se aglomerando, me possuindo,
chega até a me sufocar
de vontade de me entregar, agora.

Pergunto a mim mesma, por que
não tenho em meus longos gestos
um controle absoluto de sentir?
Já não demoro e me respondo
que sinto tão profundamente
este amor me elevando...

Ele vai além o horizonte,
me habita e  intensifica.
É um infinito leito de paixão
que não me deixa isolada
nos momentos escuros em que
a tua ausência me emudece.

É uma porção de anseios,
uma fome de oportunidades
de te mostrar espontânea.
Esta realidade vivente, contente,
uma soma de claridades,
este conjunto de luzes.

Expor tal grandeza a outro?
Não. Impossível!
Sómente na tua sensibilidade
dorme calma e confiante a minha.
Apenas em teus modos
encontro o motivo dos meus.

Pelo frio, pelo deserto, pelo sol.
Por tudo, mas principalmente por ti,
rodo em poesias douradas
a essência poderosa deste amor.
E provo firme a eternidade
que te amo perdidamente.

Rosy Fonseca/ 1978 (todos diretos reservados)





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