terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Amor Ausente

Piedade do meu verso que embora
seja alma surda de um eco mudo,
é devaneio qual ponto absurdo
De uma trégua inconformada que chora.


Confiante, eu desconfio por hora
destes teus olhos tementes que cuido.
Ou se não é as margens de tudo
que por ti crucifico o que logra.

A perder-me em teus rastros perdidos
no infinito pois, deter-me e detidos
quão teus rumores , por ti esmoreço.

Padeço a passo de uma amor assim
que sem nunca ter começo teve fim;
um fim que se desdobra a vão começo.

Rosy Fonseca/ 1979 (todos direitos reservados a autora)


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