quarta-feira, 10 de julho de 2013

Vivo a Te Amar


Tarde do ocaso, do tempo desprotegido.
Meus olhos anoitecem em prantos.
N’alma um pobre deserto partido,
uma saudade disposta em quebrantos .
 

Aspirações ternas que aqui me sobejam
os sonhos da tua constância : brumas
de encantos que a mim gracejam
lembranças banhadas em cor de espumas .
 

E tudo que de nós não se separa
eu sinto forte, num claro poente aberto
a aquecer meu coração que dispara .
 

Estás longe, bem sei, mas vivo a te amar.
Vivo o vulto que deixaste descoberto,
até teu regresso que demora a chegar ...
 

ROSY FONSECA -  1980

todos os direitos reservados .
 
 

3 comentários: