Tarde do ocaso, do tempo desprotegido.
Meus olhos anoitecem em prantos.
N’alma um pobre deserto partido,
uma saudade disposta em quebrantos .
Aspirações ternas que aqui me sobejam
os sonhos da tua constância : brumas
de encantos que a mim gracejam
lembranças banhadas em cor de espumas .
E tudo que de nós não se separa
eu sinto forte, num claro poente aberto
a aquecer meu coração que dispara .
Estás longe, bem sei, mas vivo a te amar.
Vivo o vulto que deixaste descoberto,
até teu regresso que demora a chegar ...
ROSY FONSECA - 1980
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Oh, belíssimo soneto, Rosy! Parabéns!
ResponderExcluirque coisas lindas vc escreve
ResponderExcluirmágicaaaa.....
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