sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Eu

Sou como o verso que chora.
Sou como o verso que sorri.
Só não sou a realidade;
sou poeta aqui e ali.
Gosto tanto de euforia.
E como eu gosto da solidão,
do escuro azul do meu quarto
que me desdobra em vão.
Eu viajo as núvens do céu.
Suspiro o clarão do luar.
Sou feito um instante secreto
onde meu mundo é sonhar.
Se sou triste ou sou feliz ?
Eu não saberei jamais.
Vivo a loucura de imaginar
Que danço o meu ser, nada mais.
Tudo é simples, tudo é concreto.
Estou longe e estou perto.
Corro e paro indecisa,
caindo em meu próprio deserto.
Faço pra mim um mistério.
E de mistérios eu me desfaço,
parte a parte por entre minutos
que se calam em meu cansaço.
Não há pressa, não há demora.
Caminho os dias casualmente.
E embora haja graça em meu dizer,
sei que sofro perdidamente.
Sou o choro do verso que ri.
Sou o riso do verso que chora.
Sou como a alma de todo poeta,
que nasce e morre a cada hora.
Rosy Fonseca / 1983 (todos os direitos reservados) 




2 comentários:

  1. Muito sucesso em seu blog Rosy! Vc tem muito a compartilhar e encantar! Beijos

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  2. BRAVOOOOOOOOOOOOO, Sister Chérie !!!
    Teu blog está MARAVILHOOOOOOOSO !!!
    Ameeeeeeeeeeei tuas poesias !!!
    SUCEEEEEEEEEESSO !!!
    <3 JE T'ADOOOOOOOOOOORE !!! <3
    Grooooooooos Bisous dans ton <3

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