terça-feira, 17 de julho de 2012

Garra

Não me deixe solta,
não me perca a graça
que rodopia brincando
na terra encorajada.

Alcança-me do teu modo,
haja falha, haja medo.
Aponta-me tua força,
me derruba com dengos.

Confirma a tua esperança.
Corra no teu vigor.
Para percorreres mais tarde
as linhas sobre meu ventre.

Remonta sobre ti mesmo e
busca após teu cansaço
minha vigia, meu calor,
para te dormir em meu colo.

Apaga as tuas derrotas,
aquela raiva louca e surda
de nunca ter conseguido
as vigas de meu contato.

Não justifica teus atos,
bem sei como e porque.
Não desfaça teu peito,
pois te cobrirei de paixão.

Tu beberás do meu cálice
meus gestos brandos e lentos
sobre teu rosto ansioso.
Te encantarei para sempre.

Rosy Fonseca/ 1977 todos direitos reservados


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